"Ao longo dos séculos a Igreja tomou consciência de que Maria, cumulada de graça por Deus (Lc 1, 28), foi redimida desde a concepção. É isto que confessa o dogma da Imaculada Conceição, proclamado em 1854 pelo Papa Pio IX:
'A beatísima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus Onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original'
Esta santidade inteiramente singular da qual Maria é enriquecida desde o primeiro instante de sua conceição lhe vem inteiramente de Cristo: Em vista dos méritos de seu filho, foi redimida de um modo mais sublime. Mais do que qualquer outra pessoa criada, o Pai abençoou com toda sorte de bençãos espirituais, nos céus, em Cristo (Ef 1, 3). Ele a escolheu Nele, desde antes da fundação do mundo, para ser santa e imaculada na sua presença, no amor." (CIC 491-492)
"Os relatos evangélicos entendem a conceição virginal como uma obra divina que ultrapassa toda compreensão e toda possibilidade humanas. 'O que foi gerado nela vem do Espírito Santo', diz o anjo a José acerca de maria, sua noiva (mt 1, 20). A Igreja vê aí o cumprimento da promessa divina dada pelo profeta Isaías: 'Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho'. (CIC 497)
Os que dizem que Maria teve outros filhos se baseiam nestas palavras de Marcos: "Por acaso não é ele o carpinteiro , filho de Maria e irmão de Tiago, José, Judas e Simão?" (Mc 6, 3; Lc 8, 19). A palavra irmão, aqui, tem significado de "primo ou parente próximo", pois a língua aramaica, que os judeus falavam no tempo de Jesus e que os evangelistas supõem, era uma língua pobre em vocábulos. A palavra aramaica e hebraica "irmão" podia significar não somente os filhos dos mesmos genitores, mas também primos ou parentes próximos.
Então quem era Tiago, José, Judas e Simão? A mãe de Jesus tinha uma prima ou parente próxima que também se chamava Maria, casada com Cléofas. De fato, lemos na Bíblia: "perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas". (jo 19, 25). Tiago e José eram filhos de Cléofas com a parente de Nossa Senhora, que se chamava Maria. De fato lemos "Entre elas se achavam Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago e José" (Mt 27, 56). Judas era irmão de Tiago (Lc 6, 16; Jd 1). Logicamente todos eram primos de Jesus, ou parentes próximos. Como também Simão, pelo mesmo motivo. O fato de, no Evangelho, eles sempre aparecerem com Maria, embora não fosse seus filhos, mas sobrinhos, explica-se do seguinte modo: no judaísmo antigo, a mulher não costumava apresentar-se sozinha em público, mas sempre acompanhada por parentes próximos do sexo masculino. Ora, julgava-se que José, esposo de Maria, tenha falecido antes do início da vida pública de Jesus; quando este saiu de casa para iniciar sua missão, Maria passou a ser acompanhada pelos "irmãos" de Jesus, ou seja, pelos primos, que eram sobrinhos de Maria. Jesus chamava os discípulos de "irmãos" (Mt 28, 10). Nesta passagem do Evangelho de S. mateus Jesus não despreza Maria, afinal quem mais que ela fazia a vontade de Deus?
Há muitos exemplos na Bíblia onde parentes próximos são chamados de irmãos:
"Disse Abraão a Lot: Peço-te que não haja rixas, pois somos irmãos" (Gn 13, 8) - Abraão não era irmão de Lot, mas tio.
"Eleazar morreu e não teve filhos, mas filhas, e estas se casaram com os filhos de Cis, seus irmãos" (1Cr 23, 22) - as filhas de Eleazar eram primas dos filhos de Cis.
Veja também; Ex 2, 11; Mt 23, 8; Mt 5, 21-22; 1Cor 15, 16
"A partir daquele momento o discípulo levou-a para sua casa". (Jo 19, 26-27) - Jesus no calvário entregou sua mãe a João, o evangelista, se Maria tivesse tido outros filhos, teria ficado com eles.
Maria deu à luz seu primogênito" (Lc 2, 7) - esta palavra "primogênito" só tem valor legal para os judeus, pois todo primogênito devia ser apresentado ao templo para ser consagrado a Deus (Ex 13, 1; 34, 19). Há alguns anos foi descoberta uma inscrição num sepulcro do tempo de Jesus em que a falecida, uma certa Arsinoé, morreu ao dar à luz o seu "primogênito". Portanto, dizer que Maria deu à luz seu primogênito não significa que ela teve outros filhos depois.
Jesus é o filho único de Maria. Mas a maternidade espiritual de Maria estende-se a todos os homens que Ele veio salvar. 'Ela gerou seu filho, do qual Deus fez primogênito entre a multidão de irmãos (Rom 8, 29), isto é, entre os fiéis, em cujo nascimento e educação ela coopera com amor materno". (CIC 501)
Alguns também usam a passagem do Evangelho de Mateus que diz que S. José não conheceu Maria (ou seja, não teve relações) até que ela tivesse dado à luz (Mt 1, 25), mas isto não é base para dizer que depois ele a tenha conhecido. A expressão "até que" corresponde ao hebraico "ad ki", que designa apenas o que se deu (ou não se deu) no passado, sem indicação do que havia de acontecer no futuro. Tenhamos em vista, por exemplo, Genesis 8, 7: dizendo que o corvo, que saiu da arca de Noé, não voltou até que as águas secassem, estaríamos afirmando que após o dilúvio o corvo retornou (Gn 8, 7). E o Salmo 110, 1 que ordena: 'Assenta-te à minha direita até que ponha teus inimigos por escabelo dos teus pés', quererá dizer que depois disso ele deixou de assentar à direita de Deus. Ver também 1Tm 4, 13.
Como pode-se compreender que haja homens inteligentes que julguem engrandecer o Filho de Deus diminuindo a sua mãe? Não se ganha a simpatia de um filho desprezando ou tendo em menos sua mãe. como pode alguém chamar Maria "mulher qualquer", e gloriar-se ao mesmo tempo de ler e reler a Bíblia? Escolheria Deus uma "mulher qualquer" para mãe do Seu Unigênito, havendo no mundo milhões e milhões de mulheres?
"Cada alma, que se dá sem limites à Imaculada, testemunha que é por Ela deseja encontrar o Senhor Jesus, e por Jesus chegar a Deus Pai. Ela tudo recebeu de Deus. Sendo a mais perfeita criatura, toda homenagem que lhe é dirigida, vai naturalmente para Deus. se admiramos a imagem, honramos a Deus. Quanto mais homenageamos a perfeição divina que está na Virgem Maria, mais esta homenagem para Deus é perfeita, é normal, pois Deus a criou na maior perfeição"
São Maximiliano Kolbe
Mãe querida, Mãe Imaculada, eu quero me entregar sem reservas totalmente e confiantemente a ti. Eu quero encontrar Jesus e assim ao Pai através de ti. Eu quero que o Pai, o Filho e o Espírito Santo venham morar em meu coração, por isso intercede por mim Mãe querida Amém. Mãe querida também fica prá sempre comigo e cuida do meu coração. Me proteje e me ilumina Mãe querida. Cuida dambém de todos que eu amo e me são caros. Cuida de todas as minhas intenções. Te amo Mãe querida, mas quero te amar muito mais e muito mais perfeitamente, e assim também amar verdadeiramente o Pai, o Filho e o Espírito Santo, me ajuda Mãe querida, pede a Jesus Misericordioso um novo coração para mim, cheio do Espírito Santo Amém.
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