Uma fagulha, uma rajada, e um incêndio se alastra. No velho pardieiro o inferno cresce. Na fuga alucinada, a maldição em prece. A tétrica expectativa dos bombeiros. Um grito rasga a noite. Infantil, desesperado, como um açoite na alma da multidão. Mas onde coragem para a salvação de um ser que implora? Os homens se agitam, as mulheres choram, mas arriscar a vida, só o amor paterno. A criança que perece é Jaime, um menino abandonado que vende jornais nas esquinas. Pobre menino! Então, enorme como um gigante, impassível como uma estátua, um vulto se destaca. Um varredor lança-se em meio às chamas e volta com o menino nos braços, num belo exemplo de amor. Um herói! Nas mãos dilaceradas, na face contraída, em seu olhar há um brilho de felicidade. Jaime está salvo! O menino que vendia notícias é notícia nos jornais. Os repórteres fizeram a caridade publicitária e agora, o tribunal decide o destino da criança renascida. Levanta-se um casal. “Podemos dar-lhe um lar, senhor Juiz! Nós somos ricos, não temos filhos! Ele terá dinheiro, viagens, colégios. Ele será feliz! Ah! Jaime sonha boquiaberto. “Meu Deus! Um lar, papai, mamãe, brinquedo, cobertor, conforto”. Ele que vivia meio morto, dormindo ao relento, quase pedindo esmolas. Mas da platéia levanta-se a rude voz do varredor de ruas. “Senhor juiz, eu quero o menino!” Ah! Vê-se a reprovação em cada olhar. Ele sabe que vai perder, mas sorri com esforço, contraindo a horrível cicatriz no rosto. Estende para o menino as mãos cobertas de ataduras. Jaime, emocionado ao ver as mãos indaga: “O que foi? Quem machucou você? Por que teu rosto é assim? Por que?” E como se dissesse a coisa mais natural do mundo, responde o varredor de rua: “São as marcas do meu amor. Foi o fogo quando eu salvei você!”A criança esquece o tribunal, os futuros pais ricos, o juiz que lhe pede silêncio e lança-se ao pescoço do homem que enfrentara a morte, e que não temera o fim, e grita entre soluços: “Senhor juiz, me deixa ir com ele. Eu o amo. Ele sofreu por mim!” É a criança mais feliz do mundo! Não terá dinheiro, viagens, colégios, nada. Mas terá um grande amigo, o melhor presente para o coração! Agora eu quero falar contigo porque sinto o teu drama. Eu sei que o mundo te chama, e tudo, tudo o que ele te oferece é mais forte que a tua fé. Talvez uma mulher bonita, que numa frase maldita te oferece prazer e emoção. Talvez o dinheiro fácil e o orgulho que te domina, o vício que te assassina e corrompe o teu coração. Seja qual for a tua história, eu só te aponto um caminho. Vai amigo, sobe o Calvário sozinho e contempla ali aquela cruz. Aquela maior, a do meio, porque é nela que morre e é daquela que escorre o sangue santo de Jesus. Escuta cá embaixo, ocultando a fama, o vício, a ruína e o prazer, lá do alto da colina, Jesus a te dizer: “As feridas das minhas mãos são as marcas do meu amor. Para arrancar-te do inferno e para dar-te gozo eterno, Eu aceitei toda a dor. Foi por amor que eu derramei o meu sangue, rasgando a cortina que ocultava o céu. Eu morri por teu pecado e foi só por ele que eu fiquei marcado. Mas o céu é teu. Eternamente teu!”Agora faça a tua escolha amigo, entre os bens da terra e a graça de Jesus. Mas, lembra-te antes: as duas mãos marcadas, feridas, dilaceradas por teu pecado, sangrando lá na cruz. Por isso escolhe hoje receber Jesus. Ele é o único caminho que conduz a Deus (João 14.6). Autor desconhecido
Que linda estória! PArabéns Tia Paula por este trabalho maravilindo!
ResponderExcluir