Tudo começou na França, na época de Napoleão…
A Igreja vivia dias tristes: as igrejas fechadas e os padres perseguidos tinham que celebrar escondido, nas casas do povo e, se fossem pegos, todos eram condenados a perder a cabeça na guilhotina. Quem ia querer ser padre numa época dessas??? Só os corajosos!
João Maria Vianney era um caipira... digamos... com pouca inteligência. Ele era de uma família simples e bem religiosa, logo que fez sua primeira Eucaristia, decidiu: “Eu vou ser padre!”, mas antes de sua consagração, chegou a abandonar o exército sabe por quê? Porque não conseguia “acertar o passo” com o seu batalhão. Pois é… João não conseguia nem marchar direito!
Ele era muito amigo de Jesus, amava muito Nossa Senhora e fazia muitas penitências (sacrifícios). João Maria não conseguia aprender latim, filosofia e teologia, aliás, mal sabia falar direito o francês (curiosamente começou a ler e escrever somente com 18 anos de idade). Graças à vida de oração e penitências e a um padre amigo seu, conseguiu terminar os estudos e ser ordenado sacerdote. Sendo assim, não dava para mandá-lo à alguma paróquia importante, o povo mais culto podia não aceitar… Então, o Bispo enviou o novo sacerdote “lá pra onde Judas perdeu as botas”: uma cidadezinha chamada Ars. E o lugar ia de mal a pior: os homens passavam muito tempo no bar bebendo, quase ninguém ia à Igreja… Mas, com muita bondade e oração do novo padre, aos pouco, tudo foi se transformando.
Com o Rosário nas mãos, joelhos dobrados diante do Santíssimo, testemunho de vida, sede pela salvação de todos e enorme disponibilidade para evangelizar, o santo não só atendia o povo do local como também aos de fora no Sacramento da Reconciliação.
Se Padre João atendia uma confissão, sempre fazia muitos sacrifícios pelo penitente e passava horas orando por ele, de joelhos, até que aquela alma voltasse totalmente para a Deus. Nossa Senhora sempre lhe aparecia para animá-lo a continuar, principalmente se o inimigo de Deus, tentava desanimá-lo com pesadelos para que parasse de salvar as almas.
Consumiu-se durante 40 anos por causa dos fiéis (chegando a permanecer 18 horas dentro de um Confessionário alimentando-se de batata e pão).
A fama dos bons conselhos do pobre padre do interior foi se espalhando e começou a chegar gente de toda França para confessar com ele. Para dar conta de tanta gente, quase não dormia e pouco comia. Foi levando sua vidinha assim, sempre com um bondoso sorriso e uma palavra certa.
Morreu no dia 4 de agosto de 1859, com 73 anos. Em sua homenagem, o papa proclamou esse dia oficialmente o dia do Padre e ele o padroeiro dos sacerdotes.
São João Maria Vianney, rogai por nós!
Parabéns a todos os sacerdotes!