A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) saiu em defesa de Bento XVI neste momento em que o pontífice sofre ataques no contexto dos escândalos de abusos sexuais na Igreja. Em nota oficial pronunciada nessa quarta-feira, o presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha, recorda que “o povo católico de todo o mundo acompanha, com profunda dor no coração, as denúncias de inúmeros casos de abuso sexual de crianças e adolescentes praticado por pessoas ligadas à Igreja, particularmente padres e religiosos”.
“É de se lamentar, no entanto – prossegue a nota –, que a divulgação de notícias relativas a esses crimes injustificáveis se transforme numa campanha difamatória contra a Igreja Católica e contra o Papa.”
“Deixam-nos particularmente perplexos os ataques frequentes e sistemáticos, ao Papa Bento XVI, como se o então Cardeal Ratzinger tivesse sido descuidado diante dessa prática abominável ou com ela conivente.”
Segundo a CNBB, uma “análise objetiva dos fatos e depoimentos dos próprios envolvidos nos escândalos revela a fragilidade dessas acusações”.
“O Papa, ao reconhecer publicamente os erros de membros da Igreja e ao pedir perdão por esta prática, não merecia esse tratamento, que fere, também, grande parte do povo brasileiro, que sofre com esses momentos difíceis, e reza pelas vítimas e seus familiares, pelos culpados, mas também pelas dezenas de milhares de sacerdotes que, no mundo todo, procuram honrar sua vocação.”
“No momento em que a Igreja Católica e a própria pessoa do Santo Padre sofrem duros e injustos ataques, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil manifesta sua mais profunda união com o Papa Bento XVI e sua plena adesão e total fidelidade ao Sucessor de Pedro”, assinala a nota da CNBB.
CELAM
A presidência do CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano) também expressou nessa quarta-feira, em nota, sua solidariedade a Bento XVI.
“Ao contrário do que alguns setores da imprensa têm publicado, a atitude do então Cardeal Ratzinger em relação a casos de abusos sexuais praticados por alguns membros do clero sempre foi muito firme”, afirma o texto assinado por Dom Raymundo Damasceno Assis, presidente do CELAM.
“As agressões injustas que Sua Santidade tem sofrido nos levam à contemplação do Cristo, que morreu de forma tão incompreensível na Sexta-Feira Santa, e à união com a Virgem Maria, no silêncio de sua dor no Sábado Santo, na certeza da participação na Vida do Ressuscitado para sermos, cada vez mais, Seus fiéis discípulos missionários”, afirma a nota.
Fonte: Zenit
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