Tia Paula

Certo homem estava sendo perseguido por vários malfeitores que queriam matá-lo. Por um tempo, estes homens maus conseguiram mantê-lo prisioneiro, mas ele havia conseguido escapar, e estava fugindo deles. Enquanto corria, ele imaginava que aquela poderia ser a sua única chance, por isso usava todas as suas forças para correr, sem olhar para trás. No seu desespero, ele saiu da estrada e entrou num atalho e continuou correndo no meio do mato. Ele procurava de todas as formas, um lugar para se esconder. De repente, ele avistou um buraco na beira de um barranco e se enfiou dentre dele. Dentro daquela cova escura e úmida, ele fez uma oração desesperada, dizendo: “Senhor Deus, Todo Poderoso, envia um anjo em meu socorro para me livrar das mãos destes homens cruéis. Só o Senhor pode me livrar da morte nesta hora”. Enquanto ele ainda orava, uma pequena aranha desceu bem à sua frente. Ele detestava aranhas, por isso, pensou: “Deus, eu te peço um anjo que livre deste mal e o Senhor me manda essa aranha nojenta? Deus, eu não entendo o teu jeito de agir!” Mas a aranha, rapidamente, começou a tecer a sua teia na entrada daquele buraco, e quando os malfeitores chegaram, um deles disse: “Provavelmente, ele entrou dentro deste buraco. Vamos arrancá-lo dali e acabar com a sua vida”. O homem, dentro da cova, estremeceu. Mas um dos homens do bando, disse-lhe: “Ele não entrou aí”. Intrigado, o outro perguntou: “Como você pode ter tanta certeza disso?” Ele disse: “Veja na entrada do buraco. Há uma teia de areia. Ele teria arrancado essa teia se tivesse entrado aí. Vamos, porque não há tempo a perder. Enquanto conversamos, ele está fugindo para bem longe daqui”. Eles, então, se embrenharam na mata à procura do cristão. Aliviado e agradecido a Deus, ele louvou ao Senhor pelo grande livramento de morte. Olhando para aquela pequena criatura, ele entendeu que Deus tem os Seus meios para atender as nossas petições, e que Ele não está limitado à nossa maneira de pensar.