Teatro - Um cego não pode guiar outro cego - Lucas 6,39-45 - 8º Domingo Comum

GENTILMENTE ENVIADO POR REGIANE CRISTINA DA SILVA SANTOS, DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA - LIMEIRA/SP 

“Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco?

Catequista – Bom dia, crianças!!!! Vamos chamar nossa amiga Aninha? Será que ela veio hoje? Todos juntos vamos lá... Aninha!!!

Aninha – Já estou aqui, eu vim sim, não falto à Missa não, tia! Não consigo viver sem Jesus na Eucaristia. Ah, como eu amo Jesus! Oi, amiguinhos, bom dia pra todos!

Catequista – isso mesmo Aninha! Já dizem: um fim de semana sem missa é uma semana sem Graça!

Aninha – Exatamente, tia! Concordo com você! Tia, tia hoje falou no evangelho que quem tem uma trave no olho, não pode querer tirar o cisco do olho do irmão.

Catequista – Isso mesmo, Aninha! Você prestou atenção mesmo, hein?! falou também que um cego não pode guiar outro cego.

Aninha – Falou mesmo, mas o que Ele quis dizer com isso, tia? Estou curiosíssima! Quero saber tudo sobre Jesus!

Catequista – Vamos explicar: algum amiguinho aqui já teve algum cisquinho no olho? Dói, né? Machuca. Com o cisco no olho a gente não consegue enxergar porque fica incomodando. Jesus nos fala que, como que uma pessoa que está com uma trave no olho (cisco bem grande) pode enxergar pra tirar o cisco do olho do outro irmão? O que Ele quis dizer? Como eu, que sou pecadora também e cometo erros às vezes piores que o do meu amiguinho, posso corrigir e querer ensinar ele? Pra eu poder querer ensinar (com amor) preciso ser um exemplo, quis dizer que temos que corrigir nosso irmão quando conseguimos ser exemplo pra ele.

Imaginem crianças, Aninha e todos aqui, se um cego que não consegue enxergar nada for guiar outro cego? O que vai acontecer? Vamos fazer esta experiência?

(nesta hora pegar duas crianças vendá-las e colocar uns obstáculos pelo caminho sem que eles vejam onde estão, colocar caixas de papelão, para não machucar,  e pedir pra um ir guiando o outro, eles vão derrubar as coisas, tropeçar... Depois pedir pra um tirar a venda e ir guiando o outro que estará vendado, enquanto isso a catequista vai explicando e a Aninha vai torcendo pelas crianças que estão vendadas).

Catequista- Quando os dois estão cegos, eles tropeçam juntos, caem juntos. Na nossa vida, como podemos querer ensinar outro amiguinho que ele não pode mentir, se nós mesmos mentimos? Como podemos ensinar outro amiguinho a não brigar, se nós brigamos em casa com a mamãe, com o papai, com nosso irmão? Como podemos ensinar nosso amiguinho a não roubar, se nós mesmo pegamos coisas dos nossos amigos e não devolvemos, pegamos um troco errado na padaria e não voltamos para devolver? Pode isso, crianças?

Aninha – Nãooooooo! De jeito nenhum! Nossa, tia, eu torci tanto pra eles conseguirem passar, mas não teve jeito mesmo, os dois cegos não têm como guiarem um ao outro. Agora entendi o que meu querido Jesus quis me ensinar com esta história.

Catequista – Que bom que você entendeu! Mas agora vamos fazer a experiência com um cego e outro não.

Olha como fica mais fácil quando um dos dois enxerga! Um pode ajudar o outro a não cair, ajuda a levantar se cair. Na nossa vida é assim, se eu dou exemplo, se eu não fico toda hora brigando em casa, mas quando brigo peço desculpas, quando eu falo sempre a verdade, mesmo que às vezes possa ficar de castigo, quando faço coisas erradas e peço perdão também, o Espírito Santo vem e limpa meu coração e daí sim posso ajudar meu amiguinho a ser melhor cada dia também. Nós nascemos pra sermos santos, temos que lutar pra isso, cada dia ir melhorando até um dia estarmos com Jesus e Maria lá no Céu.

Aninha – Heeeeeee!!! Que delícia!!! Um dia vou estar no Céu, vou trabalhar muito pra isso acontecer, cada dia vou melhorar mais, pedir a ajuda do Espirito Santo e do meu anjão da guarda, porque ele é bem grandão e me protege.

Catequista – crianças como tem sido nossa vida? será que estamos sendo exemplo para nossos amiguinhos? Ou agimos como aquele velho ditado: FAÇA O QUE EU DIGO, MAS NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO?

Vamos agora dar um tchau pra Aninha e escutar o que o nosso sacerdote tem a nos dizer.

REFLEXÃO:

É nosso dever, em primeiro lugar, examinar como estamos vivendo e qual o testemunho que nós estamos oferecendo ao mundo para que as outras pessoas sejam guiadas por nós. Se estamos cegos e não reconhecemos as nossas próprias falhas; se não buscamos emendar o que está torto em nós, nunca poderemos nós, aconselhar, exortar ou admoestar alguém que também é passível de erro. A trave nos nossos olhos nos impede de enxergar as nossas fraquezas e limitações. Para tirá-la, nós precisamos pedir ao Espírito Santo que purifique os nossos pensamentos, sentimentos e as nossas atitudes. Do contrário, Jesus nos lembra, nós poderemos cair no barranco e levar muita gente conosco. Porque não fazemos isso, é que muitos se decepcionam conosco e têm a sua fé enfraquecida se afastando do convívio da comunidade e culpando a Deus pelas nossas incoerências. A começar em mim, eis a regra de ouro!

Você é responsável na condução de alguém? Como pessoa comprometida você tem conseguido ser um exemplo a ser seguido? Ou você é daqueles que dizem “façam o que digo, mas não faça o que eu faço”?