6 de set. de 2010

A nossa Torrada!

Autor: Pe. Gustavo


Quando deixei a mesa naquela noite ouvi minha mãe se desculpando com meu pai por ter queimado as torradas, e nunca esperei que ele dissesse a ela: “ meu amor você sabe que eu adoro torrada queimada”. Mas à tarde naquela noite quando fui dar um beijo de boa noite no meu pai, eu perguntei se ele realmente gostava de torrada queimada e se eu gostava realmente de torrada queimada como ele tinha dito a minha mãe. Ele me envolveu nos braços  e disse: ” filho, sua mãe teve um dia muito pesado e estava realmente cansada hoje, além disso uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é assim, cheia de imperfeições e as pessoas também não são perfeitas. Eu não sou o melhor marido, o melhor empregado, e tão pouco o melhor cozinheiro, o que tenho aprendido ao longo dos anos é que é preciso aceitar as falhas alheias e relevar as diferenças, uma das chaves mais importantes para que nós tenhamos um relacionamento saudável e duradouro, além do mais uma torrada queimada não pode virar um momento destruidor”.

A história é muito sugestiva e com certeza quando a ouvimos, nos pegamos pensando em tantos momentos da nossa vida, em que nos alteramos, perdemos a paz, perdemos o prumo, porque nós também temos uma torrada queimada em nossa vida. E nessa torrada queimada ficamos imaginando, as inúmeras situações em que fomos contrariados, momentos em que as coisas não aconteceram como queríamos e que os planos não corresponderam as nossas expectativas. Nós vamos para as situações imaginando dentro de nós muitas coisas que não acontecem e depois ficamos frustrados, e então pensamos: não aconteceu como sonhei, como esperei, como planejei, e muitas vezes a vida não será do jeito que esperamos, por isso, estas palavras nos lança para mares mais profundos, coragem.

Um comentário:

  1. Gostei bastante do texto, nos leva a refletir sobre a vida de uma forma intensa. As vezes deixamos mesmo que as torradas queimadas da nossa vida dêem lugar a discussões e brigas desnecessárias e destrutivas não só para a pessoa que preparou a torrada, mas para a pessoa que brigou.

    É chato o sentimento que a gente tem quando acaba de discutir com um irmão, não é verdade? É aquele sentimento de que, mesmo estando certos, nós estamos errados em algum ponto. As vezes deixamos de estar certos porque deixamos de ser humildes e mansos e levantamos altas discussões e brigas com o nosso próximo.

    Obrigado pelo texto, um abraço, que Deus os abençoe!

    ResponderExcluir

Que a paz do Menininho Jesus esteja em coração! Obrigada pela visita e pelo seu comentário!

Obs: Se você escolher a opção Anônimo, no final não esqueça de colocar o seu nome! Abraço Fraterno!!