Dentro da Igreja Católica, as datas religiosas são sempre muito comemoradas pelos fiéis como uma maneira de recordar, resgatar e atualizar fatos num clima de ação de graças e de louvor. O ano litúrgico é o apêndice de todas as comemorações. Ele surgiu e se desenvolveu a partir da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. A sociedade de consumo tem dado, ao longo dos anos, um caráter especial para a festa de Natal, porém, o principal evento do calendário litúrgico, é o Mistério Pascal. O Mistério Pascal, que é a mais importante celebração cristã, constitui a Semana Santa. A Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor constituem essa semana sagrada para a Igreja e, cada um desses fatos, reúne características importantes dentro da história da Igreja.
A SEMANA SANTA
A origem da festa está nos costumes judaicos. Inicialmente era a festa da passagem das pastagens. O rebanho era levado de um pasto fraco para um pasto de capim viçoso. Chamava-se "Dia da Páscoa". Esta festa existe antes de Moisés. Ela se combinou com a festa dos ázimos expressando o momento em que o povo de Israel passou para a agricultura, e então celebrava esta festa no princípio da colheita. O texto fundamental da narrativa da páscoa judaica está no livro do Êxodo (12, 1-13) e descreve a luta de Javé pela libertação de seu povo da escravidão do Egito, para levá-lo sobre suas asas ao encontro do Sinai e da Aliança. É uma festa de família, celebrada na noite de lua cheia no início da primavera, no 14º dia do mês das espigas, que depois do exílio, passou a se chamar Nisan. As comunidades neotestamentárias celebravam o Mistério Pascal juntamente com a festa da Páscoa judaica. Os cristãos da Síria e Ásia Menor celebravam o mistério no dia 14 do mês Nisan, independentemente de um dia certo da semana e, em Roma, na maior parte das igrejas, o mistério era comemorado no domingo seguinte ao 14 de Nisan. Essa controvérsia quanto à data correta de comemoração do Mistério Pascal dificultava a unificação da Igreja. A fim de diminuir as disputas sobre essa data, em 325, o Concílio Ecumênico de Nicéia prescreveu que a Páscoa deveria ser celebrada no domingo depois da primeira lua cheia da primavera daquele hemisfério, evitando assim, que ela fosse comemorada no mesmo dia da Páscoa judaica. Mais tarde, surgiu a necessidade de estabelecer uma data para essa comemoração, em função do estreitamento dos povos das mais diversas regiões. Por causa disso, o Concílio Vaticano II estabeleceu um código que tinha como objetivo dar à festa da Páscoa um Domingo determinado e estabelecer um calendário fixo. Com o tempo, a palavra Tríduo Sacro (Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor) foi adotada, constituindo assim, o núcleo da celebração do Mistério Pascal que, juntamente com o Domingo de Ramos e os três dias que o seguem constituem a Semana Santa. É nela que ocorre a preparação espiritual mais próxima da grande festa da Ressurreição. A Semana Santa, que inclui o Tríduo pascal, visa recordar a Paixão e a Ressurreição de Cristo, desde a sua entrada messiânica em Jerusalém. Os ritos especiais da Semana Santa, isto é, a bênção e procissão de ramos, a transladação do Santíssimo Sacramento depois da Missa da Ceia do Senhor, a ação litúrgica da Sexta-feira da Paixão do Senhor e a Vigília pascal, podem celebrar-se em todas as igrejas e oratórios. Mas convém que, nas igrejas que não são paroquiais e nos oratórios, sejam somente celebrados se puderem ser realizados dignamente, isto é, com número conveniente de ministros, com a possibilidade de se executar ao menos algumas partes em canto, e uma suficiente freqüência de fiéis. Senão, conviria que as celebrações fossem realizadas somente na igreja paroquial e em outras igrejas maiores. Um domingo antes da Páscoa é celebrado o Domingo de Ramos.
DOMINGO DE RAMOS
No Domingo de Ramos, da Paixão do Senhor, a Igreja entra no mistério do seu Senhor crucificado, sepultado e ressuscitado. O Domingo de Ramos foi instituído, desde o século IV, como uma maneira de recordar a entrada de Jesus de Nazaré na cidade de Jerusalém. Vários outros costumes foram empregados ao Domingo de Ramos, porém foi somente na segunda metade do século VII que o Vaticano restaurou a ordem dos Domingos da Quaresma. Atualmente, a Celebração de Ramos tem dois momentos: o primeiro, em que é feita a Bênção dos Ramos e, o segundo, onde é realizada uma missa, sendo que neste momento é feita uma reflexão sobre a Morte e Ressurreição do Senhor. Ao final da Celebração, os ramos de oliveira ou palmeira são abençoados e levados pelos fiéis para serem colocados em uma cruz nas suas casas ou sobre alguma tumba no cemitério, como um sinal de compromisso com Cristo e simbolizando a força da vida e a esperança da ressurreição. O Domingo de Ramos não é um dia apenas de contemplação, mas sim, um dia de se entregar ao caminho de Cristo e se alegrar com a chegada dele em sua vida. É nesse Domingo que a Igreja vive dois mistérios da vida de Jesus: o primeiro é representado pela procissão de ramos e relembra a entrada de Cristo em Jerusalém; o outro é a Paixão de Jesus, que vai continuar sendo celebrado durante a Semana Santa. Na Bíblia a chegada de Jesus a Jerusalém é contada nos Evangelhos de São Mateus 21, 1-11; São Marcos 11, 1-11; São Lucas 19, 28-44 e São João 12, 12-19.
SEGUNDA, TERÇA E QUARTA-FEIRA SANTAS
A Segunda e Terça-feira da Semana Santa não remontam aos primeiros tempos da liturgia da Igreja Católica. Porém, na Quarta-feira Santa duas celebrações faziam parte da programação: pela manhã, uma reunião comunitária simples com a liturgia da palavra e, ao anoitecer, uma missa. Segundo os princípios da Igreja, esses três dias são uma preparação para o Tríduo Sacro, ou seja, para os dias da Crucificação, Morte e Ressurreição de Jesus.
QUINTA-FEIRA SANTA
A SEMANA SANTA
A origem da festa está nos costumes judaicos. Inicialmente era a festa da passagem das pastagens. O rebanho era levado de um pasto fraco para um pasto de capim viçoso. Chamava-se "Dia da Páscoa". Esta festa existe antes de Moisés. Ela se combinou com a festa dos ázimos expressando o momento em que o povo de Israel passou para a agricultura, e então celebrava esta festa no princípio da colheita. O texto fundamental da narrativa da páscoa judaica está no livro do Êxodo (12, 1-13) e descreve a luta de Javé pela libertação de seu povo da escravidão do Egito, para levá-lo sobre suas asas ao encontro do Sinai e da Aliança. É uma festa de família, celebrada na noite de lua cheia no início da primavera, no 14º dia do mês das espigas, que depois do exílio, passou a se chamar Nisan. As comunidades neotestamentárias celebravam o Mistério Pascal juntamente com a festa da Páscoa judaica. Os cristãos da Síria e Ásia Menor celebravam o mistério no dia 14 do mês Nisan, independentemente de um dia certo da semana e, em Roma, na maior parte das igrejas, o mistério era comemorado no domingo seguinte ao 14 de Nisan. Essa controvérsia quanto à data correta de comemoração do Mistério Pascal dificultava a unificação da Igreja. A fim de diminuir as disputas sobre essa data, em 325, o Concílio Ecumênico de Nicéia prescreveu que a Páscoa deveria ser celebrada no domingo depois da primeira lua cheia da primavera daquele hemisfério, evitando assim, que ela fosse comemorada no mesmo dia da Páscoa judaica. Mais tarde, surgiu a necessidade de estabelecer uma data para essa comemoração, em função do estreitamento dos povos das mais diversas regiões. Por causa disso, o Concílio Vaticano II estabeleceu um código que tinha como objetivo dar à festa da Páscoa um Domingo determinado e estabelecer um calendário fixo. Com o tempo, a palavra Tríduo Sacro (Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor) foi adotada, constituindo assim, o núcleo da celebração do Mistério Pascal que, juntamente com o Domingo de Ramos e os três dias que o seguem constituem a Semana Santa. É nela que ocorre a preparação espiritual mais próxima da grande festa da Ressurreição. A Semana Santa, que inclui o Tríduo pascal, visa recordar a Paixão e a Ressurreição de Cristo, desde a sua entrada messiânica em Jerusalém. Os ritos especiais da Semana Santa, isto é, a bênção e procissão de ramos, a transladação do Santíssimo Sacramento depois da Missa da Ceia do Senhor, a ação litúrgica da Sexta-feira da Paixão do Senhor e a Vigília pascal, podem celebrar-se em todas as igrejas e oratórios. Mas convém que, nas igrejas que não são paroquiais e nos oratórios, sejam somente celebrados se puderem ser realizados dignamente, isto é, com número conveniente de ministros, com a possibilidade de se executar ao menos algumas partes em canto, e uma suficiente freqüência de fiéis. Senão, conviria que as celebrações fossem realizadas somente na igreja paroquial e em outras igrejas maiores. Um domingo antes da Páscoa é celebrado o Domingo de Ramos.
DOMINGO DE RAMOS
No Domingo de Ramos, da Paixão do Senhor, a Igreja entra no mistério do seu Senhor crucificado, sepultado e ressuscitado. O Domingo de Ramos foi instituído, desde o século IV, como uma maneira de recordar a entrada de Jesus de Nazaré na cidade de Jerusalém. Vários outros costumes foram empregados ao Domingo de Ramos, porém foi somente na segunda metade do século VII que o Vaticano restaurou a ordem dos Domingos da Quaresma. Atualmente, a Celebração de Ramos tem dois momentos: o primeiro, em que é feita a Bênção dos Ramos e, o segundo, onde é realizada uma missa, sendo que neste momento é feita uma reflexão sobre a Morte e Ressurreição do Senhor. Ao final da Celebração, os ramos de oliveira ou palmeira são abençoados e levados pelos fiéis para serem colocados em uma cruz nas suas casas ou sobre alguma tumba no cemitério, como um sinal de compromisso com Cristo e simbolizando a força da vida e a esperança da ressurreição. O Domingo de Ramos não é um dia apenas de contemplação, mas sim, um dia de se entregar ao caminho de Cristo e se alegrar com a chegada dele em sua vida. É nesse Domingo que a Igreja vive dois mistérios da vida de Jesus: o primeiro é representado pela procissão de ramos e relembra a entrada de Cristo em Jerusalém; o outro é a Paixão de Jesus, que vai continuar sendo celebrado durante a Semana Santa. Na Bíblia a chegada de Jesus a Jerusalém é contada nos Evangelhos de São Mateus 21, 1-11; São Marcos 11, 1-11; São Lucas 19, 28-44 e São João 12, 12-19.
SEGUNDA, TERÇA E QUARTA-FEIRA SANTAS
A Segunda e Terça-feira da Semana Santa não remontam aos primeiros tempos da liturgia da Igreja Católica. Porém, na Quarta-feira Santa duas celebrações faziam parte da programação: pela manhã, uma reunião comunitária simples com a liturgia da palavra e, ao anoitecer, uma missa. Segundo os princípios da Igreja, esses três dias são uma preparação para o Tríduo Sacro, ou seja, para os dias da Crucificação, Morte e Ressurreição de Jesus.
QUINTA-FEIRA SANTA
O significado da Quinta-feira vem ao longo dos séculos, evoluindo, principalmente devido às reformas litúrgicas introduzidas pela Igreja. Na Igreja Romana, até o século VII, a Quinta-feira Santa marcava o fim da Quaresma e do jejum penitencial, e o início do jejum na espera da Ressurreição do Senhor, a partir da Sexta-feira. Durante a manhã, a Igreja Romana só realizava a reconciliação dos penitentes e não havia a Ceia do Senhor. A partir do século VII, em Roma, eram realizadas três missas, sendo uma pela manhã, outra ao meio-dia e outra à noite. Em meados do século V, o ritual do Lava-pés passou a ser realizado em Jerusalém. A liturgia da Quinta-feira Santa ainda sofreu dois acréscimos, um deles foi a criação de um "tabernáculo provisório" com a função de transportar o que restou da espécies sagradas, seguindo um ritual de honra. Esse tabernáculo foi considerado pela devoção popular como sendo o sepulcro de Cristo. O outro acréscimo estabeleceu que o altar não deveria conter toalhas, flores e ornamentos a fim de representar o Despojamento de Cristo na Cruz. Alguns séculos depois as reformas continuaram. Uma celebração eucarística foi acrescentada ao início da noite, pelo Papa Pio XII, em 1955, representando a Ceia do Senhor. A benção dos santos óleos, realizada na manhã da Quinta-feira tornou-se um dia sacerdotal em que os sacerdotes renovam suas promessas. A cerimônia do Lava-pés foi uma outra celebração exigida pelo Concílio de Toledo (634) e recorda o gesto de Jesus em lavar os pés de seus discípulos, e a dizer: "Sede assim uns com os outros" - significando que devemos servir uns aos outros, com total humildade, gratuidade e amor. Ao final da missa da Quinta-feira Santa há a cerimônia de adoração ao Santíssimo Sacramento, geralmente com o tradicional canto em latim Tantum Ergo, ou Pange Língua em latim ou em português.
SEXTA-FEIRA SANTA
Na Sexta-feira Santa (também conhecida como Sexta-feira da Paixão ou Sexta-feira Maior) a Igreja celebra esse dia como a Morte do Senhor. É um dia de respeito, silêncio e simplicidade quando se deve recordar e compreender a dor e o sofrimento de Jesus, e refletir sobre a absolvição de todos os pecados da humanidade. Atualmente, não se celebra a Eucaristia porque a Igreja não realiza missas ou qualquer sacramento nesse dia. A celebração é dividida em Paixão Proclamada, com a liturgia da palavra; Paixão Invocada, com a solene oração universal, realizada pela Igreja para as comunidades do mundo inteiro; Paixão Venerada, com a adoração da cruz, local onde está centrada as dores de Jesus; e Paixão Comungada, com a comunhão eucarística. É nesse dia também que se lê o relato da Paixão e se faz as procissões da Via-Sacra - ou Caminho da Cruz, com as suas quinze estações, em grandes preces pela Igreja pelo mundo, e a seguir, a adoração da Cruz.
SÁBADO SANTO
É chamado de Vigília Pascal, ou Sábado de Aleluia. No início do cristianismo, o Sábado Santo não tinha liturgia, e a eucaristia não era celebrada. Nesse dia, havia apenas o último exorcismo solene feito pelo bispo. No século II, a Vigília Pascal era marcada pela celebração da palavra, o batismo e a celebração eucarística. A partir do século IV, teve início à celebração do Sacratíssimo Tríduo do Senhor Crucificado, Sepultado e Ressuscitado. A utilização da expressão Tríduo Pascal só passou a ser usada em 1930. Mais tarde, no século VII, a Vigília Pascal passou a ter início na tarde do Sábado e a eucaristia era celebrada no começo da noite. As leituras começavam a partir das duas horas da tarde, havia a benção do fogo e o canto "Exulted". Por se passar em plena luz do dia, essa celebração passou a ter um caráter negativo, pois falava em "feliz noite". Assim o Papa Pio V proibiu a celebração da eucaristia durante à tarde, e algumas pessoas passaram a realizar a Vigília no Sábado cedo. A fim de extinguir o conceito da festa, o Papa Urbano VIII acabou com a popularidade da Vigília. Todas essas proibições fizeram com que as celebrações sofressem mudanças radicais com a reforma litúrgica de Pio XII e o Vaticano II. Antes da reforma, a primeira parte da liturgia era reservada quase somente ao clero, aos ministros e a um pequeno grupo de convidados. Somente depois das reformas, as celebrações tomaram outro caráter. Segundo antiqüíssima tradição, esta noite deve ser comemorada em honra do Senhor, e a Vigília que nela se celebra, em memória da noite santa em que Cristo ressuscitou, deve ser considerada a mãe de todas as santas Vigílias (Sto. Agostinho). Pois nela, a Igreja se mantém de vigia à espera da Ressurreição do Senhor, e celebra-se com os sacramentos a Iniciação cristã. Toda a celebração da Vigília Pascal se realiza de noite; mas de maneira a não começar antes do início da noite e a terminar antes da aurora do Domingo. Esta Vigília é o cume do ano litúrgico. A noite do Sábado Santo passou a ter as seguintes partes:
A Celebração da Luz - Realiza-se perante a fogueira acesa, na qual se acende o círio pascal. A reunião dos fiéis ao redor da fogueira manifesta a participação comunitária. A antiga tradição de acender a fogueira através do atrito entre pedras tem a ver com a alusão a Cristo, que é a pedra angular e que, do túmulo escuro de pedras, nasce como luz para o mundo.
A Celebração do Círio - O Círio Pascal nasce da tradição de iluminar a noite com tochas de fogo ou muitas lâmpadas. Elas representam o Senhor ressuscitado como luz nas trevas humanas. Seguir o Círio Pascal em procissão tem grande valor simbólico, pois representa o seguimento, pois representa o seguimento de Jesus, que se apresenta como a luz do mundo e lembra o povo de Israel que seguia Moisés na escuridão em busca da libertação, iluminando somente pela fé em Javé.
A Liturgia da Palavra - Nove leituras bíblicas, sendo sete do Antigo Testamento e duas do Novo Testamento (epístola e evangelho), que podem ser diminuídas por razões pastorais. Todas estas leituras são entremeadas por salmos ou cânticos, que devem ter, além da proclamação de seu conteúdo específico, a função de dinamizar e animar a assembléia celebrante.
A Liturgia Batismal - A Igreja, desde os primeiros séculos, ligou a celebração do batismo à noite pascal, pois esta foi sempre a celebração, por excelência, da realização do batismo na comunidade cristã primitiva.
A Liturgia Eucarística - É o coração da vigília pascal. Embora as circunstâncias das comunidades urbanas sejam menos propícias, por questão de transporte e mesmo de violência, muitas comunidades rurais ou de bairros realizam um ágape ou uma confraternização após a celebração da vigília, para comemorar e celebrar de forma festiva este acontecimento fundamental da fé cristã. Quando preparado pela equipe de liturgia ou pelos membros da comunidade, deve-se estimular a participação de todos, pois este evento constitui parte integrante da celebração.
DOMINGO DE PÁSCOA
No início do cristianismo, como a Celebração Pascal celebrada no Sábado Santo durava até a madrugada não existia uma liturgia própria para o Domingo. Somente após a reforma de 1955 foi que o Domingo de Páscoa passou a ter um caráter verdadeiro. Em uma celebração muito alegre, a comunidade se reúne para exaltar Jesus Cristo que venceu as barreiras da Morte e convida todos a Ressurreição.
SÁBADO SANTO
É chamado de Vigília Pascal, ou Sábado de Aleluia. No início do cristianismo, o Sábado Santo não tinha liturgia, e a eucaristia não era celebrada. Nesse dia, havia apenas o último exorcismo solene feito pelo bispo. No século II, a Vigília Pascal era marcada pela celebração da palavra, o batismo e a celebração eucarística. A partir do século IV, teve início à celebração do Sacratíssimo Tríduo do Senhor Crucificado, Sepultado e Ressuscitado. A utilização da expressão Tríduo Pascal só passou a ser usada em 1930. Mais tarde, no século VII, a Vigília Pascal passou a ter início na tarde do Sábado e a eucaristia era celebrada no começo da noite. As leituras começavam a partir das duas horas da tarde, havia a benção do fogo e o canto "Exulted". Por se passar em plena luz do dia, essa celebração passou a ter um caráter negativo, pois falava em "feliz noite". Assim o Papa Pio V proibiu a celebração da eucaristia durante à tarde, e algumas pessoas passaram a realizar a Vigília no Sábado cedo. A fim de extinguir o conceito da festa, o Papa Urbano VIII acabou com a popularidade da Vigília. Todas essas proibições fizeram com que as celebrações sofressem mudanças radicais com a reforma litúrgica de Pio XII e o Vaticano II. Antes da reforma, a primeira parte da liturgia era reservada quase somente ao clero, aos ministros e a um pequeno grupo de convidados. Somente depois das reformas, as celebrações tomaram outro caráter. Segundo antiqüíssima tradição, esta noite deve ser comemorada em honra do Senhor, e a Vigília que nela se celebra, em memória da noite santa em que Cristo ressuscitou, deve ser considerada a mãe de todas as santas Vigílias (Sto. Agostinho). Pois nela, a Igreja se mantém de vigia à espera da Ressurreição do Senhor, e celebra-se com os sacramentos a Iniciação cristã. Toda a celebração da Vigília Pascal se realiza de noite; mas de maneira a não começar antes do início da noite e a terminar antes da aurora do Domingo. Esta Vigília é o cume do ano litúrgico. A noite do Sábado Santo passou a ter as seguintes partes:
A Celebração da Luz - Realiza-se perante a fogueira acesa, na qual se acende o círio pascal. A reunião dos fiéis ao redor da fogueira manifesta a participação comunitária. A antiga tradição de acender a fogueira através do atrito entre pedras tem a ver com a alusão a Cristo, que é a pedra angular e que, do túmulo escuro de pedras, nasce como luz para o mundo.
A Celebração do Círio - O Círio Pascal nasce da tradição de iluminar a noite com tochas de fogo ou muitas lâmpadas. Elas representam o Senhor ressuscitado como luz nas trevas humanas. Seguir o Círio Pascal em procissão tem grande valor simbólico, pois representa o seguimento, pois representa o seguimento de Jesus, que se apresenta como a luz do mundo e lembra o povo de Israel que seguia Moisés na escuridão em busca da libertação, iluminando somente pela fé em Javé.
A Liturgia da Palavra - Nove leituras bíblicas, sendo sete do Antigo Testamento e duas do Novo Testamento (epístola e evangelho), que podem ser diminuídas por razões pastorais. Todas estas leituras são entremeadas por salmos ou cânticos, que devem ter, além da proclamação de seu conteúdo específico, a função de dinamizar e animar a assembléia celebrante.
A Liturgia Batismal - A Igreja, desde os primeiros séculos, ligou a celebração do batismo à noite pascal, pois esta foi sempre a celebração, por excelência, da realização do batismo na comunidade cristã primitiva.
A Liturgia Eucarística - É o coração da vigília pascal. Embora as circunstâncias das comunidades urbanas sejam menos propícias, por questão de transporte e mesmo de violência, muitas comunidades rurais ou de bairros realizam um ágape ou uma confraternização após a celebração da vigília, para comemorar e celebrar de forma festiva este acontecimento fundamental da fé cristã. Quando preparado pela equipe de liturgia ou pelos membros da comunidade, deve-se estimular a participação de todos, pois este evento constitui parte integrante da celebração.
DOMINGO DE PÁSCOA
No início do cristianismo, como a Celebração Pascal celebrada no Sábado Santo durava até a madrugada não existia uma liturgia própria para o Domingo. Somente após a reforma de 1955 foi que o Domingo de Páscoa passou a ter um caráter verdadeiro. Em uma celebração muito alegre, a comunidade se reúne para exaltar Jesus Cristo que venceu as barreiras da Morte e convida todos a Ressurreição.
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